Conhecida como o “hormônio do sono”, a substância pode combater danos causados na pele e cabelos pela ação dos radicais livres, contribuindo com a renovação celular.

A melatonina é um hormônio natural produzido pela glândula pineal, localizada no cérebro. Sua principal função é regulação do ciclo circadiano, estimulando o sono no período noturno. Não à toa, a substância é conhecida como o “hormônio do sono”, podendo ser utilizada, com indicação médica, como suplemento para o auxílio do estímulo do sono. Mas não é apenas para isso que ela serve.

“Estudos científicos publicados nos últimos anos começaram a mostrar os benefícios da melatonina para o rejuvenescimento, com o combate do estresse oxidativo da nossa pele e também da queda de cabelo. Por isso, a substância que é liberada topicamente como um ingrediente cosmético passou a chamar a atenção da indústria de beleza”, afirma Lucas Portilho, diretor do Instituto de Cosmetologia e Ciências da Pele e mestre em Ciências Médicas pela Unicamp.

Aprofundando mais na explicação, Portilho conta que a melatonina tem uma tripla ação antioxidante na pele. “Primeiro, ela consegue neutralizar os radicais livres, que acabam danificando principalmente as estruturas lipídicas da nossa pele. Depois, assim que a melatonina se liga ao radical livre para fazer a neutralização, ela gera dois metabólitos, que são substâncias que vão continuar agindo contra os radicais livres. Por último, ela ainda age em receptores das nossas células, que vão ser estimuladas a produzir os chamados antioxidantes endógenos.”

Principal hormônio antioxidante do nosso corpo

A Ada Tina acaba de lançar um sérum antissinais para peles maduras e menopausadas formulado com melatonina. “Ela não é apenas o ‘hormônio do sono’, como se conhece, mas sim o principal hormônio antioxidante do nosso corpo, protegendo todas as células do envelhecimento precoce. Mas ao completar 28 anos de idade, os níveis de melatonina caem drasticamente no nosso organismo, coincidindo com o início dos primeiros sinais de envelhecimento da pele”, aponta Maurizio Pupo, especialista em cosmetologia e CEO da marca.

O sérum Sustent C traz também vitamina C na composição. “Atuando em sinergia, esses dois ativos promovem ainda mais o rejuvenescimento da pele e a prevenção dos sinais de envelhecimento, como manchas, linhas de expressão, rugas finas e rugas profundas. Temos que enxergar a pele como o órgão que verdadeiramente é e tratá-la considerando todos os seus mecanismos fisiológicos e bioquímicos, fazendo produtos bastante complexos e muito bem projetados com ação 360°, para que as pessoas possam ver os resultados a olho nu”, diz Pupo.

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A melatonina também vem sendo incluída nos cuidados capilares. “Além dos mesmos benefícios antioxidantes para a pele, no cabelo ela traz uma novidade. A melatonina atua prolongando a fase anágena dos nossos folículos capilares, que é quando o cabelo está em crescimento”, afirma Portilho.

Melatonina nos cuidados capilares

A ISDIN, que entrou recentemente no mercado de haircare no Brasil, lançou a loção Melatonin Concentrate. “Somos a marca pioneira na incorporação da melatonina em dermocosméticos capilares. Estudos comprovam que esse ativo, com potente ação antioxidante, auxilia na revitalização dos fios, fortalece sua resistência e estimula o crescimento saudável. Isso acontece porque o ativo protege o folículo capilar e ajuda a prevenir o envelhecimento prematuro do cabelo”, cita a head de marketing Marina Lima.

Para Pupo, a melatonina é um ingrediente promissor para a indústria de cosméticos no Brasil. “É apenas uma questão de tempo para que o mercado seja inundado com produtos à base de melatonina”, aposta o CEO da Ada Tina.

Portilho também acredita que as marcas devem voltar suas atenções ao ativo, mas faz uma ressalva. “A estabilização da melatonina não é tão simples, então as fórmulas cosméticas requerem um certo cuidado com essa molécula. Mas, no futuro, creio que muitas empresas podem utilizá-la em seus produtos.”

Fonte: Brazil Beauty

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